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Mulheres Eternas: Josefa Moura
Josefa Freitas Lopes de Moura, conhecida por Luzanete, nasceu no último dia do ano de 1961. Por uma triste coincidência, esse foi também o dia que sua avó Almerinda faleceu.
A mãe de Luzanete, prestes a dar à luz, foi visitar a sua mãe que se encontrava enferma. E assim, a menina nasceu no Sítio Santo Antônio, Município de Acopiara, Ceará. Nessa época, seus pais moravam em Iguatu, e por essa razão, a registraram como se tivesse nascido em Iguatu.
Ela e seus quatro irmãos foram criados pelos pais (hoje falecidos). Todos trabalhavam na roça pela manhã e a tarde iam para a escola. Naquela época não havia energia no Sítio, e sob o clarão do luar ou a luz da lamparina, a vizinhança se reunia no terreiro da casa de seus pais para ouvir Luzanete declamar versos (cordéis) de amor.
No mês de maio, aconteciam as novenas na casa de uma de suas irmãs. Como ao terminar as rezas, os rapazes e moças ficavam brincando em um espaço na frente da casa, Luzanete aproveitava para namorar escondido com o Zé, pois seu pai era contra o namoro.
Quando o pai da jovem descobriu o que estava acontecendo, mandou a filha ir morar com uma irmã que residia em São Paulo, onde ela morou por um ano e quatro meses. Quando voltou para o Ceará, se casou com o Zé, mesmo contra a vontade do pai, que posteriormente acabou aceitando o casamento da filha.
Em São Paulo, ela trabalhou numa fábrica de costura e, quando retornou para o Ceará, conseguiu um emprego de Professora, onde lecionou por mais de 20 anos no Sítio Tapuio.
Sempre ativa e atenta aos anseios de melhoria da comunidade, Luzanete fundou a Associação Comunitária no Município de Iguatu, na qual foi presidente por dois mandatos. Onde, por meio de projetos, conseguiram vários benefícios para a comunidade: um trator, um debulhador de milho e de feijão, energia, água encanada e um prédio (num terreno doado por ela) para guardar os equipamentos e fazer reuniões.
Mais tarde a família se mudou para Quixelô, e Luzanete passou no concurso, fez Faculdade de Pedagogia, e também especialização em Língua, Linguística e Literatura. Foi lotada na Secretaria de Educação como Técnica Pedagógica e, posteriormente, foi Coordenadora da Cultura.
Também foi Coordenadora e Líder da Pastoral da Criança e da Legião de Maria, além de trabalhar por mais de 10 anos como voluntária na Rádio Comunitária Quixelô FM 104,9.
Com os filhos já criados e encaminhados, Luzanete está aposentada e continua morando em Quixelô com seu esposo, que é agricultor. Essa “Mulher eterna” enfrentou grandes desafios em sua jornada: foi submetida a nove cirurgias, superou traições, depressão e a Covid.
Durante a pandemia, participou de cursos on-line ministrados pela Dra. Márcia Luz, que a ajudou a elevar sua autoestima. Foi onde conheceu virtualmente madrinhas e padrinhos, dentre eles, Lana Amaral e Pedro Pinheiro, que a motivaram a tomar a iniciativa de realizar um sonho.
E assim nasceu a Rádio Andorinha Web, na residência de Luzanete Freitas, que com muito carisma comanda, em parceria com a Rádio Web Telha FM, direção Leo Nascimento, de Iguatu e também pela Rádio Web Music Line, direção Professor Francisco Neves, de Iguatu, os seguintes programas:
- Programa Viva a Vida da Pastoral da Criança aos sábados de 15h00 às 16h00;
- Programa Poesia e Companhia, aos sábados das 16h00 às 18h00;
- Programa Sabor de Poesia, aos domingos das 16h00 às 18h00;
- Programa Momento de Oração, diariamente das 18h00 às19h00.
Luzanete é uma mulher simples, que tem multiplicado os talentos recebidos e, mesmo sem perceber, está construindo um legado de esperança, persistência, coragem e amor ao próximo.
Como se não bastasse toda essa coragem, fibra, generosidade e vontade de viver, de aprender e ser uma pessoa melhor todos os dias, Josefa Freitas, a Luzanete de Quixelô, também é poetisa, com livro de cordéis e agenda poética publicados.
FALANDO SOBRE A MULHER
(Poetisa: Luzanete Freitas – Quixelô, Ceará).
Peço licença a todos
Para uns versos expressar
Falando sobre a mulher
Como chegou onde está
Muitos anos atrás
Era a escrava do lar
Quem podia se expressar
Era somente o patrão
Ela não tinha o direito
De dar sua opinião
Não podia trabalhar
Nem tão pouco participar
Do processo de eleição.
Só em mil novecentos e trinta e dois
Com a reforma do código eleitoral
A mulher ingressou na política
Na busca do ideal
E foi conquistando espaço
Na atividade profissional.
Mesmo com diferença de salário
Mostrou que era capaz
Entrou na luta por igualdade
Fazendo o que o homem faz
Hoje a mulher é diferente
De muitos anos atrás.
Aos poucos foi se libertando
Mas muitas mulheres morreram
No século vinte e um as mulheres
Na política e no trabalho cresceram
Para Presidente da República
Uma mulher elegeram.
Hoje a mulher ocupa o poder
Nas diversas profissões
Tiveram grandes avanços
Exemplo em administrações
Mostram ter sensibilidade
Determinação e criatividade
Nas mais diversas ações.
Eu tiro o chapéu para mulher
Acredito em sua capacidade
Parabéns pela coragem
De lutar pela liberdade
O homem precisa valorizar
E lado a lado ficar
Unidos com igualdade.
A homenagem à mulher
Deve ser todos os dias
Ela é tão importante
Que Deus nos mandou Maria
E através dela Jesus
Ele para ser nossa Luz
E ela nossa melhor guia.
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