Hoje quero plantar algumas sementes sobre Identidade e Honra, princípios que foram distorcidos ao longo das civilizações. O mesmo ocorreu com Propósito, por fins egoístas e unilaterais, lamentavelmente, muitos conceitos se perdem ao longo da história.
Onde existe conhecimento, existe progresso e prosperidade. Nós podemos melhorar tanto as nossas vidas, quanto as gerações futuras. A questão é: o quão desconfortáveis estamos dispostos a ficar durante o processo?
Costumamos dizer que entre ter razão e ser feliz, a melhor escolha é ser feliz. Contudo, ser feliz não pode ser uma desculpa para negligenciarmos nossos princípios e valores; tampouco, para nos encaixarmos em ambientes tóxicos e destrutivos.
Recentemente, me deparei com uma frase que melhor me representa, que considero uma escolha mais saudável: “Se dada a escolha entre retidão e paz, escolho a retidão.” A retidão traz paz interior, remete a alinhamento de valores, de pertencimento.
Ser incluído, ser importante, ser aceito e respeitado, são necessidades básicas do ser humano; somos seres sociais e sociáveis. Contudo, a inclusão só ocorre quando somos a nossa versão real, não uma versão “light” que seja tolerável pelo outro.
Por alguma razão, nós fizemos o caminho inverso, nos importamos mais com o que o outro parece, gosta e espera, do que com quem somos, gostamos e esperamos para a nossa vida. Ironicamente, culpando o outro por não corresponder às nossas expectativas.
Ser empreendedor é decidir, e dirigir, a história que contarão da sua história. É sair do papel de vítima do sistema e assumir a sua singularidade. É ter a certeza de quem você não é (opinião de terceiros, dores, tropeços passados…), e a certeza de quem você é e de quem pode ser (seus sonhos, valores e propósito).
Empreender é sobre relacionamentos, sobre melhorar a qualidade do seu ecossistema. É sobre entender que o passado é um lugar de referência e não de permanência. É usar as suas habilidades, experiências e talentos, para agregar valor à sua vida e de todos a sua volta.
Tendemos à acreditar que somos definidos por tudo o que nos ocorreu ou pelo que fizemos até aqui. Nos acomodamos, nos penalizamos ou nos revoltamos com o mundo por isto, esquecendo que, o que de fato importa, é tudo o que podemos ser e fazer a partir do que nos aconteceu. A nossa evolução só se encerra na morte.
Muitas coisas em nossas vidas são inevitáveis: raiva, dor, decepção, traição, perda… Permanecer nestes estados negativos, se vitimizando e se autodestruindo é uma opção. Você escolhe o que guardar de cada dia, pessoa e circunstância.
Ninguém é perfeito, erramos pra caramba! O que importa é trabalhar para ser alguém melhor todos os dias. Não existe transformação real sem honrar nossas origens, a nossa história e todos os que fizeram parte dela até aqui.
Mas, o que é honrar? Será que estamos fazendo o movimento correto? Estamos reescrevendo a história, gratos pela “janela” de voz (que reconheço, ainda precisar de ampliação e força) ou estamos confortáveis com a perpetuação da ideia de incapacidade, de inferioridade racial/social, simplesmente apontando vítimas e culpados?
Gritar por atenção é fácil. Recebê-la, também. A dificuldade é manter. Temos algo de valor a entregar ao mundo hoje, além de dizer que os primeiros negros foram explorados? Estamos dispostos a conversar empregando o mesmo respeito e oportunidade que esperamos receber? Sabemos comunicar nossas dores e valores de modo a dialogar com os demais?
Recentemente fui chamada de “colonizada”, de propagar um “papo de coach”, pelo simples fato de dizer que a vitimização é uma escolha. Reconheço as estatísticas, reconheço que há um longo caminho para a equidade social/racial; contudo, também reconheço que não somos as únicas vítimas do sistema e que viver procurando culpados jamais será a solução.
De certa forma, me senti honrada com aquela situação. Para mim, foi mais uma prova social de que estou curada, de que as tragédias do meu passado, e não apenas da minha raça, não mais me definem. Tampouco, controlam o meu futuro e comportamento.
Toda generalização esconde uma dor. Ataques tendem a falar muito mais sobre quem está atacando do que sobre quem está sendo atacado. Pessoas feridas, tendem a ferir outras pessoas. E isto não é “papo de coach”!
Empreender é uma jornada de autoconhecimento, recomeços, conexões e, principalmente, de ajuste em nossa mentalidade. O objetivo das organizações é construir um mundo melhor para nós vivermos, cada um contribuindo em seu setor.
Não há como falar em construir um mundo melhor para o outro, sem antes construir uma vida melhor para nós mesmos. Ninguém pode ter saúde mental, consequentemente, uma vida de sucesso, sem antes limpar o coração, ressignificar o passado e perdoar a ignorância alheia.
Não estou dizendo que seja fácil, nem que será rápido ou sem deixar marcas. Estou dizendo que se você não se curar do que te feriu, você irá sangrar em cima de pessoas que não te cortaram, a começar por você mesmo. E, acredite na voz da experiência, não há desejo de vingança, dinheiro ou status que compense esta dor.
As dores passadas me ensinaram que as minhas maiores virtudes, só foram descobertas, e aprimoradas, pelas provocações que experimentei. A cada tombo, acusação ou injustiça sofrida, levantava mais forte, mais sábia e resiliente.
Lutar por equidade, não significa que haverá reparação de toda e qualquer injustiça passada, não há como apagar as cicatrizes ou recuperar o tempo perdido. A nossa luta é para que a história não se repita, para que sonhos e sonhadores sejam salvos e se multipliquem.
Pessoas feridas, ferem pessoas; é verdade. Contudo, pessoas curadas, também curam; e, este pensamento, me enche de esperança e energia para seguir inspirando pessoas a reescreverem a sua história, seja ela qual for!
Já dizia Aristóteles, “Só há uma maneira de evitar críticas: não fazer nada, não dizer nada, e não ser nada.” Não há maior liberdade que não ter que impressionar ninguém, que entender que os dias difíceis não vieram para ficar, vieram para nos ensinar.
Acredito que quanto mais maduros, menos ofendidos ficamos. Quanto mais satisfeitos, menos comparações e acusações fazemos. Quanto mais sábios, mais nos priorizamos e nos preparamos para superar as adversidades da vida.
A parceria entre a Let’s Sum e o Projeto Vuei vai além de compartilhar teorias e modelos de negócios. Trabalhamos para que os jovens empreendedores NUNCA PAREM DE SONHAR; para que se valorizem, se conheçam e conquistem o seu lugar no sistema; com justiça, ética e propósito.
Afinal, nenhum de nós é melhor, do que todos nós juntos!
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