Carlos Pessoa

Em 2018 realizei uma palestra no Rotary de Itaúna/MG para um grupo de jovens do Rotaract Club. Foi onde conheci a Daniela. Após o evento, tive o prazer de conversar com cada um deles durante o jantar.

Eles me apresentaram suas metas e sonhos (mais metas do que sonhos) de como pretendiam fazer riqueza e se destacar entre os demais. Percebi que, no fundo, estavam certos. Temos que sempre buscar atingir o céu! Todavia, se não conseguirmos atingí-lo, podemos almejar acertar as estrelas, o que já é muito bom!

Dentre todos esses jovens, a pessoa que mais chamou minha atenção foi exatamente a Daniela. Ela disse: “O meu PROPÓSITO é ajudar o próximo! Acredito que todos nós temos um propósito na vida e nossa missão é procurar cumpri-lo. Quero desenvolver um meio para atingir o maior número de pessoas possível.”

Fiquei tão impressionado com a declaração dela que disse quase que imediatamente: “Pode contar comigo para ajudá-la a encontrar esse caminho.” Tempos depois, conhecendo melhor a história de vida dela, lembrei-me da “Jornada do herói(ina)”, narrativa que considera as inúmeras dificuldades que se apresentam durante o percurso e a superação de todas elas.

A vida de Daniela foi recheada de inúmeras dificuldades. Como, por exemplo, desafiar o destino, a lógica e superar o racismo e a pobreza para perseguir e atingir seus sonhos. Ou, de que maneira, continuar uma viagem dolorosa, desafiadora e quase sempre solitária, muitas vezes, quase impossível de seguir em frente. Daniela tinha todos os motivos para justificar uma desistência honrosa.

Há muitas pessoas insatisfeitas com a própria situação, mas não conseguem desvencilhar-se da zona de conforto. Como uma carruagem que viaja sempre pela mesma estrada, afundamos cada vez mais em nossos próprios hábitos, no mesmo trilho, no mesmo sulco.

Depois de anos de repetição, as práticas tornam-se rotinas, tradições e até mesmo doutrinas. E quem não toma posse do seu plano de vida, deixa sua existência ser um acidente ao sabor do acaso. É preciso haver uma imensa fonte de insatisfação e um sentido de urgência, para decidir mudar seu destino e retirar a carruagem do trilho e colocá-la noutro, novo e incerto.

Uma vez eu disse a ela a metáfora “semente de laranja”. A semente traz o DNA da fruta; da mesma forma que o nosso DNA é o da vitória, posto que somos vencedores no momento de nossa concepção.

A Daniela superou todas dificuldades e traumas vivenciados, o que a credencia, mais do que ninguém, a escrever com autoridade essa obra totalmente baseada na sua experiência e dedicação com o Propósito de ajudar o próximo.

Carlos Pessoa
Escritor, Engenheiro e Conselheiro de Empresas