
Ainda da tempo de colocar
a casa em ordem!
Processos, posicionamento, desertos e recomeços, são palavras que têm ocupado a minha mente nos últimos anos. Confesso que nem sempre compreendi a profundidade delas como hoje.
De tempos em tempos, me questiono se de fato estou vivendo de acordo com os meus valores, ou se voltei a bagunçar a minha vida para simplificar o mundo de alguém ou, simplesmente, por cair no piloto automático e me esquecer de manter a mente organizada.
Quando a bagunça é grande, vamos arrumando por etapas, até chegar nos detalhes. Foi assim que escrevi tantos livros: o nosso processo de cura também é por etapas, setores… e, depois de tudo organizado, precisamos cuidar da manutenção, do novo.
Somos mais propensos a estarmos cheios de energia e coragem em janeiro, de repente, tudo parece possível, acessível. É então que a vida acontece (e ultimamente parece que ela virou parceira do “Flash”) e vamos perdendo a energia, substituindo a esperança e os sonhos, pela ideia de “ser tarde demais”.
Me pergunto de onde surgiu o conceito de “ser tarde demais”. Na minha vida, quando usei esta desculpa, sempre era por medo ou vergonha. Medo do julgamento, da crítica, de falhar, de parecer ridícula, de ser novamente classificada como sonhadora.
Ironicamente, o julgamento vinha de qualquer forma, e muitas vezes em dose dupla: eu também me criticava e me culpava por ter sido covarde, por não tentar, por me encaixar e, ainda assim, não pertencer.
A verdade é que enquanto você não viver de modo autêntico, não conhecer e respeitar seus limites, sempre será tarde demais. O lado positivo? O oposto também é verdadeiro!
Quando nos conhecemos e nos perdoamos, sempre há tempo para colocar a casa em ordem, para sonhar e realizar, para criar e se reinventar.
Quando arrumamos a bagunça que fizemos, ou permitimos que alguém fizesse, entendemos que o potencial sempre esteve lá, dentro de nós, esperando o nosso despertar.